Nesta semana circulou alguns conteúdos de interceptações da operação “Operação Citrus” em Ilhéus. Nas conversas gravadas em (27/09 e 01/10 de 2016) entre o vereador Jamil (PP), e o ex-secretário Kácio Clay, ambos estão presos, mostram que na eleição de 2016 ocorreu caixa 2 com recursos do esquema.No dialogo os dois citam nomes de políticos e empresários da cidade em relação a “boca de urna” na eleição. Segundo uma decupagem da gravação que o blog teve acesso, no dia (27/9), Jamil informou a Kácio que uma pessoa iria colocar “R$ 50 mil” na mão deles, sendo que R$ 20 mil seriam para o interior e o restante para a cidade.Em outra conversa, dia (01/10) Kácio comenta com Jamil que não vai ficar com a lista na mão não, para não se queimar, e relata que estava faltando apenas o dinheiro, e sem o dinheiro poderia perde até a eleição. E que o pessoal poderia comentar que ele usou o dinheiro para outra coisa e não repassou.Já no mesmo dia Kácio comenta com Jamil sobre outros políticos da cidade, que determinado candidato vereador teria recebido R$ 60 mil para boca de urna. E que deles estaria mais de R$ 500 mil. E Jamil manda Kácio falar sobre valores com uma outra pessoa.Em virtude disso a expectativa é que a segunda fase da “Operação Citrus” pode pegar mais políticos da cidade. A operação já está sendo chamada a “Lava Jato” de Ilhéus.A investigação realizada pelo MP, o grupo opera desde 2009 celebrando contratos com o Município de Ilhéus para o fornecimento de bens diversos utilizando as rubricas genéricas de “gêneros alimentícios” e “materiais de expedientes/escritório”.O esquema contava com a participação de agentes públicos do primeiro escalão do governo municipal e, conforme comprovado no período da investigação, as empresas envolvidas receberam mais de R$ 20 milhões decorrentes de contratações com a Prefeitura Municipal de Ilhéus.