Da porta
de casa, um cenário desolador. O olhar atento de seu Antônio Ferreira do
Sá se perde no horizonte em meio a um sentimento de angústia quando se
percebe que o verde que dá vida à natureza a seu redor vai aos poucos
desaparecendo, sendo devastado pela seca. De um lado, o solo árido não
permite que as plantações vinguem; de outro, animais debilitados por
fome e sede se reduzem a carcaças expostas aos urubus. É nesse contexto
que o homem do campo de 70 anos, hoje um dos mais de 4,1 milhões
afetados pela estiagem prolongada que assola a Bahia há cinco anos,
tenta tocar a “vida pra lá de difícil”, como ele mesmo diz.
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