O empresário Eike Batista terá de pagar uma fiança no valor de R$ 52
milhões para ter direito a continuar em prisão domiciliar. A decisão foi
anunciada hoje (2) pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal
Criminal do Rio de Janeiro. Em sua decisão, Bretas relaciona o caso de
Eike a de outro implicado na Operação Lava Jato, Flávio Godinho. Tido
como braço direito do empresário, Godinho teve R$ 52 milhões em bens
bloqueados. O juiz relata que na conta corrente de Eike havia pouco mais
de R$ 158 mil, o que, na visão do magistrado, poderia significar
ocultação de bens. “Assim, entendo necessária a decretação de medida
cautelar adicional e fixo para o acusado Eike Fuhrken Batista a fiança
de R$ 52 milhões, a qual, ao lado das medidas cautelares anteriormente
fixadas, substituirá a prisão preventiva inicial. Intime-se pessoalmente
o acusado para efetuar, em cinco dias úteis, o recolhimento da fiança
arbitrada, certo de que o descumprimento deste prazo, assim como de
qualquer das medidas cautelares a que está submetido, acarretará o
restabelecimento da prisão preventiva inicialmente decretada”, escreveu
Bretas em sua decisão. Eike está em prisão domiciliar desde a última
sexta-feira (28), por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Gilmar Mendes.
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