MANOEL LINS – O CANTO DA ETERNA ESPERANÇA, O TESTEMUNHO DE UM HOMEM E SUA ÉPOCA

 
Amigos, parentes, colegas e admiradores participaram sexta-feira (13), na Pousada Eden One, em Ilhéus, da tarde/noite de autógrafos do livro “Manoel Lins – O canto da eterna esperança”. Organizado pelo jornalista e escritor Antônio Lopes, o livro apresenta textos escritos pelo jornalista e advogado Manoel Lins no livro Menino Aluado, nos semanários SB – Informações e Negócios e Desfile, além de aspectos sobre a sua vida, descritas por amigos, familiares e colegas. Editado pela Editus (a Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz – Uesc), a solenidade de lançamento do livro se transformou num sarau literário, “Ternura e resistência em ásperos tempos”, com a leitura de textos pelo jornalista e amigo Ramiro Aquino, entremeados de casos contados por Antônio Lopes. O evento foi enriquecido fatos sobre a vida de Manoel Lins, narrados por parentes e amigos, atestando sua riqueza intelectual e posições políticas assumidas, com a maestria de quem sabe percorrer trajetos ásperos caminhando com ternura.Para o organizador Antônio Lopes, o livro foi um projeto ousado abraçado pela Editus, para contar a vida de um alagoano bueraremense, que militou na política estudantil e atravessou os tempos da ditadura militar se insurgindo contra ela em textos metafóricos.No entender do colega e amigo Carlos Eduardo Sodré, só uma figura como Lopes seria capaz de reunir tantos amigos que sobreviveram a Manoel Lins, em torno de um trabalho sobre ele.E Carlos Sodré não economiza elogios a Manoel Lins, uma figura generosa, ser humano que marcou época pelo estilo jornalístico de fazer uma denúncia política, marcando posição com brilhantismo. “Esse livro, Lopes, presta um grande serviço no resgate de Lins, que poderia estar ainda entre nós, mas que se foi cedo e deixou um legado muito grande, porém desconhecido das gerações mais novas, que a partir de agora passarão a conhecê-lo”, arrematou.Presente ao lançamento do livro, o seu irmão Lismar Lins disse que 43 anos depois se emocionou com a mensagem viva e permanente deixada pelo Manoel Lins, cujo sonho era ser juiz substituto, para ter mais tempo de escrever, mesmo nos tempos sombrios.“Infelizmente, esse sonho dele não pode ser concretizado por ordens emanadas dos quartéis, conforme me foi relatada por um capitão, que sugeriu que ele desistisse do concurso, pois não teria ‘chance’ em ser aprovado”, relatou.Amigo de Infância, Raimundo Antônio Tedesco disse que teve a honra de conviver com Manoel Lins, a quem desde os tempos de estudante consultava sobre assuntos dos mais variados e o considerava um ídolo. O advogado Carlos Válder do Nascimento, seu aluno de Direito Constitucional, teve um livro, Canto de Presença, prefaciado por Manoel Lins, a quem considera um humanista, voltado que era para os estudos do direito pela ótica filosófica.Manoel Sampaio Lins nasceu em 4 de fevereiro de 1937, em União dos Palmares (Alagoas) e faleceu em 9 de abril de 1975, em Santo Amaro da Purificação, ao colidir seu fusca com o último vagão de um trem. Neste dia teve fim a vida de um homem divertido, participativo, amigueiro, festeiro, galante, capaz de arriscar os dois olhos quando se trata de mulher bonita. “Sou feio, mas sou ousado”, dizia para justificar as cantadas nem sempre bem-sucedidas.




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