OS TRAFICANTES CARIOCAS FUGIRAM PARA CÁ


Em tempos antigos dizia-se que, ao enfrentar um adversário, não o acuasse sem deixar-lhe uma saída pois, na falta dela, por mais fraco que fosse, ele poderia se voltar contra quem o intimidasse. Na vida temos várias oportunidades de usar esse provérbio. Não falo apenas no embate físico, mas em situações diversas em que um homem pode sentir-se acuado, sem uma retirada honrosa. E quando se trata de bandidos, a regra é essa? No final do ano próximo passado foram feitas ocupações em favelas do Rio de Janeiro, pela polícia, com a ajuda da Marinha do Brasil e seus blindados. Inicialmente entraram numa favela, obrigando os traficantes, ali alojados, a empreenderem fuga para as comunidades vizinhas. Não demorou e, dois ou três dias após, as forças policiais repetiram a dose travando batalha para também limpar estas áres. Não fosse a apreensão de grande quantidade de drogas, armamentos e dinheiro, foi, a meu ver, uma operação sem o foco principal, ou seja, a prisão dos narcotraficantes. Apenas alguns “bandidinhos pés de chulé” entregaram-se ou foram até entregues pelas próprias famílias. Quem não lembra as imagens das emissoras de televisão, mostrando a fuga em massa daquela corja? Fizeram pior. Avisaram antecipadamente que iriam ocupar o morro da Mangueira e nova fuga. Aceitamos as explicações de que foram evitados confrontos dentro das comunidades, o que geraria uma verdadeira carnificina. Mas, será que não haveria uma estratégia para por as mãos nesses bandidos? E para onde foram? Sabe-se que os espaços para o tráfico, naquele estado, são severamente disputados. Mudar de ramo é coisa impensável. Porém, irão para onde melhor lhes aprouver. A cocaína vem sendo diluída e misturada, proporcionando alcançar mais usuários por um menor preço. Isso tem causado um número incalculável de dependentes onde se incluem, não apenas os endinheirados de lá, mas também a pobre clientela espalhada por toda a Bahia. E o problema se alastra por todo o Nordeste. Não é à toa que o índice de criminalidade, em estados como o nosso, vem crescendo desordenadamente. Em noventa por cento a droga tem sua responsabilidade. E para cá eles vieram traficar. Vão enfrentar uma polícia muito menos preparada e equipada e, pasmem, quando se consegue mapear os principais pontos de comercialização, passa-se a informação para a imprensa que a estampa em suas manchetes. É mais um aviso de que a polícia vem aí!
 
Postado: Blog do Claudio

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