POLICIA FEDERAL CATEGORIA AMEAÇA GREVE

Adiada duas vezes semana passada, a reunião entre representantes da Polícia Federal e do Ministério do Planejamento sobre a possibilidade de greve no setor será realizada nesta terça (30). Na noite dessa segunda, representantes da categoria estiveram reunidos com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Além da reposição de inflação, a categoria reclama de um corte de R$ 281 milhões no orçamento da PF este ano. No mês de março, por exemplo, por determinação da presidente Dilma Rousseff, foram limitados os gastos com diárias e passagens em 25% do orçamento para as áreas de fiscalização e policiamento da instituição, e em 50% para as outras áreas. A suspensão de concursos é outro ponto de descontentamento.
Em nota, um dos diretores da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Paulo Renato Silva Paes, criticou o adiamento –que, segundo ele, é visto com desconfiança e decepção no setor.
“É possível que o governo utilize o mesmo artifício de 2006, quando a proposta foi apresentada à meia-noite do último dia previsto para a aprovação da Lei Orçamentária Anual e não restou tempo para avaliarmos o que foi proposto”, disse.
Já o secretário-geral da Associação Nacional dos Delegados Federais, Ivo Valério, disse que não está descartada, na assembleia que será marcada após a reunião de terça, a votação do indicativo de greve.
“Tentamos uma recomposição com base pelo menos na inflação dos últimos dois anos, tendo em vista que essa negociação começou ainda o governo anterior”, afirmou Valério, que completou: “Como ainda não foi apresentado nada de concreto, os policiais estão impacientes com essa demora”.
Segundo a associação, a inflação acumulada no período, e que deveria subsidiar a reposição nos salários, passa de 14%. Já sobre os cortes determinados pela presidência, comentou, há uma expectativa de reversão. “Entendemos que é natural a contenção de despesas defendida pelo governo, mas na área de polícia isso pode dificultar ou até inviabilizar operações policiais. Mas como o governo está revendo esse ponto, achamos que é positivo.”
Além da ADPF e da Fenapep, participam da negociação também a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais e a Fenadepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal). As entidades deverão marcar assembleias com seus representados após a reunião com representantes do governo

Fonte: UOL

Postado: Blog do Claudio
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