Ainda acampados na Assembléia Legislativa, os policiais militares grevistas cantaram neste final de tarde "Ô, o Carnaval acabou, o Carnaval acabou", em uma ameaça à festa, que tem previsão de começar no dia 16 de fevereiro, uma quinta-feira. Uma reunião entre manifestantes e o governo do estado terminou em impasse no final desta tarde. No início da noite desta terça-feira (7), soldados do Exército fizeram mais um cordão de isolamento em frente à assembleia. Apesar disso, o clima no local é de tranquilidade. O Exército segue sem falar de invasão. Em entrevista à Globo News, o governador Jaques Wagner voltou a garantir a realização do Carnaval com policiamento. "O planejamento está todo feito para o carnaval. O investimento de R$ 30 milhões na segurança será mantido", disse, salientando que a "Operação Carnaval"da polícia começa na terça, quando PMs do interior chegam à capital. IMPASSE - “Nós, ao longo de cinco anos, concedemos 30% de aumento real. E eu tenho limite na folha. As negociações são em torno desse valor, da chamada GAP IV, e eventualmente até da GAP V, mas evidentemente isso terá que ser partilhado ao longo de 2013, 2014 e até 2015. Se for para pagar alguma coisa imediatamente agora, não há menor espaço, porque eu não tenho espaço fiscal para fazê-lo", afirmou o governador. Os grevistas recusam a proposta de reajuste oferecida pelo governo de 6,5% reatroativo ao mês de janeiro. Além do aumento salarial, a categoria reivindica o pagamento da GAP IV e V, e a regulamentação do pagamento de auxílio acidente, insalubidade e periculosidade. Os grevistas também pedem anistia administrativa e revogação das prisões dos 12 líderes do movimento. PRISÃO - O sargento Elias Alves de Santana, dirigente da Associação dos Profissionais de Polícia e Bombeiros (Aspol) e um dos líderes do movimento grevista da Polícia Militar baiana, foi preso pela Polícia Federal na tarde desta terça-feira (7). Elias Alves é um dos 12 grevistas que tiveram a prisão decretada pela Justiça, anunciado pelo governador Jaques Wagner na última sexta-feira (3), em pronunciamento para a toda a Bahia nas emissoras de rádio e TV. Nesta segunda, a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra - BA) informou que 10 grevistas que tiveram a prisão decretada teriam deixado a Assembléia Legislativa, ocupada deste a última terça-feira (31), e foram para cidades do interior da Bahia mobilizar outras entidades ligadas à polícia. A Polícia Federal, no entanto, ainda não informou o local e as circunstâncias em que o policial foi preso. Ainda segundo a associação, Marco Prisco, presidente da Aspra e líder do movimento grevista, seria o único PM que teve prisão decretada e permanecia ocupando a Assembléia
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