O agente insistiu em marcar encontro com seu interlocutor, identificado como doleiro que teria contato com algum alvo da Porto Seguro
A Justiça decretou a prisão preventiva do agente da Polícia Federal Marcus Vinícius Gonçalves Alves, sob suspeita de tentar vazar a Operação Porto Seguro – investigação sobre tráfico de influência e corrupção envolvendo Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. Alvo de outra operação da PF, a Durkheim – investigação contra 33 doleiros e arapongas que espionavam políticos e empresários -, Vinícius caiu no grampo um dia antes do estouro da Porto Seguro, dia 23 de novembro, uma sexta feira. Segundo a PF, o agente insiste em marcar encontro com seu interlocutor, identificado como doleiro que teria contato com algum alvo da Porto Seguro. “Eu preciso falar com você porque amanhã vai acontecer uma coisa”, disse Vinícius, na ligação do dia 22, quinta feira. “Mas hoje eu não posso, tenho compromisso, um churrasco no clube”, respondeu o doleiro.A PF afirma que não antecipou a Porto Seguro por causa da arapongagem em seus próprios domínios. Mas usou a interceptação que flagrou Vinícius como argumento para requerer judicialmente o decreto de sua prisão preventiva no âmbito da Durkheim – deflagrada três dias depois da missão que desmantelou o esquema de malfeitos no escritório da Presidência
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