A soteropolitana Eurides Fagundes, nascida em 6 de dezembro de 1894, pode ser a mulher mais velha do mundo. Ela fez 118 anos dois dias após a recordista apontada pelo "Guinness World Records" morrer com 116, no início do mês, nos Estados Unidos. A data está na certidão de nascimento, emitida em 1976, e no documento de identidade (1993). No cartório indicado, todos os números batem. Segundo o livro de registros A-239, a certidão foi conseguida graças a um despacho judicial, como a lei obrigava até 2008 em casos do tipo. "Deve ter levado testemunhas, o que tinha de documentação na época, e o juiz determinou", diz Ourisval Filho, o oficial do cartório. "É passível de erro, mas é bem mais provável que esteja certo". Eurides mora na Associação Solidariedade Grupo de Apoio ao Paciente Portador de Câncer (Asgap) há 15 anos. Ela foi deixada pela família quando teve câncer de colo de útero. Curada, passa as noites de Natal com o sobrinho, em Candeias, região metropolitana. Nunca conheceu o pai, não se casou e não tem filhos. Cresceu com a mãe, sem brechas para "dançar e namorar", segundo lembra. Diz ter conhecido Maria Bonita e Lampião, nascido quatro anos depois. "Moreno, de chapéu, fazia sucesso lá. Assustava toda a freguesia. Uma agonia... Deus me perdoe", afirmou.
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