Na assembleia realizada na noite de quarta-feira (6), foi unânime a decisão de entrar em greve a partir do próximo dia 20 de março. A decisão foi tomada quando médicas e médicos do Estado discutiram a proposta apresentada pelo governo para o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) específico da categoria. A indignação tomou conta de todos.Na avaliação dos 93 profissionais que a proposta ficou muito abaixo das expectativas da categoria. Mais que isso, ficou aquém de tudo que foi negociado com a comissão formada pela entidades médicas – ABM, Cremeb e Sindimed -, frustrando completamente o esforço feito nos últimos nove meses, após dezenas de reuniões com os representantes das secretarias de Saúde (Sesab) e Administração (Saeb).De acordo com o Sindiocato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed-Ba), a frustração causada pela proposta irrisória, entretanto, não arrefeceu os ânimos da categoria médica. Ao contrário, existe hoje uma grande disposição de luta frente ao descaso com que o governo trata os médicos baianos. Assim, a assembleia reafirmou a necessidade de um PCCV digno, referenciado no piso salarial nacional, definido pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), além de melhores condições de trabalho, fim das terceirizações e todo tipo de contratação precarizada.No próximo dia 19 de março, os médicos fazem nova assembleia para avaliar qualquer avanço que possa ocorrer nas negociações. Mas o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães alerta que “caso permaneça o fiasco apresentado até aqui, a greve é inevitável”.
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