Após a confirmação, através de laudo pericial
feito pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), de que a saúde da médica Kátia
Vargas, acusada de matar os irmãos Emanuel e Emanuela, está estável, ela deverá
ser encaminhada ao Conjunto Penal Feminino ainda nesta quinta-feira (17). Na
coletiva de imprensa realizada na sede do MP nesta quarta-feira (16), os
promotores Nivaldo Aquino e Davi Gallo foram taxativos: Kátia está completamente
normal, sem problemas físicos. O resultado do laudo foi divulgado na tarde de
hoje e de acordo com Aquino aponta que não há nenhuma lesão física na médica,
apenas algumas psicológicas. Dentre elas está a intenção verbal de cometer
suicídio. Apesar disso, o laudo não atesta nenhuma deficiência psicológica que
comprove algum transtorno mental que a leve ao fato. Ainda de acordo com os
promotores, este dado não inibe que a acusada seja levada ao condicionamento
prisional, já que não há comprovação técnica no laudo. “A qualquer momento ela
será custodiada efetivamente e partir daí será ouvida, se quiser se manifestar”,
acrescentou Aquino. Os promotores ainda ressaltaram que o caso não será
considerado acidente de trânsito e sim uma tentativa de homicídio. Kátia será indiciada por prática de homicídio com três vertentes qualificadores:
motivo torpe, resultado de uma vingança; por perigo comum, criado para as
pessoas que transitavam pelo local; e pela notória falta de defesa das vítimas.
A pena pode ser de 24 a 60 anos, devido ao duplo homicídio. Ainda de acordo com
a promotoria do MP, a direção do Hospital Aliança deverá prestar depoimentos
pela acusação de favorecimento da acusada e terá que dar maiores explicações
sobre a permanência da médica, já que a mesma não necessitava de maiores
cuidados médicos. Assim como a unidade médica, a direção do SAMU também terá que
explicar o motivo de encaminhamento da médica para um hospital particular, já
deveria ser feito para uma unidade pública, como o Hospital Geral do Estado. A
TV Record/Itapoan divulgou no início da noite de hoje que a médica tentou fugir
do Hospital Aliança. De acordo com as notícias divulgadas pela emissora, a
médica tentou fugir em uma ambulância do Samu 192. A fuga só não ocorreu por
causa do chefe de vigilância do hospital. O Ministério Público Estadual
investiga porque a médica foi levada para o hospital privado, pois deveria ter
sido encaminhada para o Hospital Geral do Estado (HGE). No entendimento da
promotoria, houve privilégio à médica. (Cidade Alerta e Bocão News)
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