Parecer do promotor eleitoral Maurício
Magnavita afirma que houve abuso de poder econômico na campanha de Cláudia
Oliveira e Beto Axé Moi, atual prefeita e vice de Porto Seguro. Posição do
Ministério Público é parte de ação de investigação eleitoral movida pelo segundo
colocado nas eleições, Lúcio Pinto. Mas a decisão cabe ao juiz eleitoral. Uma
sentença de primeira instância não é definitiva e em caso de cassação os réus
ainda têm direito a recursos em Salvador e Brasília. O Ministério Público
Eleitoral (MPE) em Porto Seguro, em parecer do promotor Maurício Magnavita,
considerou que a então candidata e atual prefeita de Porto Seguro, Cláudia
Oliveira (PSD), assim como o vice Beto Axé Moi e o marido dela, Robério
Oliveira, na época prefeito de Eunápolis, “utilizaram de instrumentos de
propaganda eleitoral configuradores do abuso do poder econômico, além de vedados
pela legislação eleitoral”, durante a campanha de 2012. O parecer faz parte do
pedido de investigação judicial eleitoral feito pela coligação “Para Mudar Porto
Seguro Agora”, do candidato a prefeito Lúcio Pinto (PMDB), segundo colocado nas
urnas, que alegou abuso de poder econômico e financeiro, abuso de poder político
e administrativo – em razão dos postos de autoridade assumidos por Cláudia,
então deputada estadual, e por Robério, então prefeito de Eunápolis -, bem como
a utilização indevida dos meios de comunicação, proporcionada pelo poderio
econômico que estava disponível como ferramenta de captação ilícita do voto.
Diante disso, o Ministério Público Eleitoral se manifestou pela “procedência dos
pedidos para declarar a inelegibilidade dos demandados, bem como a existência de
fraude ao pleito eleitoral”, além de cassar o diploma da investigada Cláudia
Oliveira, anulando-se o mandato eletivo, estendendo os efeitos e sanções para o
seu vice”.
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