A reportagem foi procurada por um grupo de trabalhadores que afirma ter levado ‘calote’ após prestar serviço na campanha do PT, no Subúrbio de Salvador. De acordo com as vítimas, elas foram contratadas por Roberval Oliveira de Carvalho, conhecido como ‘Roberval Binho’, que se apresentou para os trabalhadores como coordenador da campanha da legenda no Subúrbio, e iniciou as contratações em 14 de julho desse ano.
“Com cada um de nós ele fechou um contrato, comigo foi pintura na Suburbana. Esse Binho combinou que seria R$ 1100 por mês, mas nesse tempo todo ele só pagou R$ 600, e ainda disse que deu dinheiro demais”, conta um dos trabalhadores. Outro trabalhador detalha que Roberval Binho estaria enganando as pessoas do próprio PT. “Só tem um aparelho de som que pode colocar nos carros, mas ele contrata cinco veículos. Mas como é que vai colocar apenas um aparelho de som em todos os carros ao mesmo tempo? E o pior é que para a direção lá da campanha, os cinco carros estão rodando pela cidade”, detalha.Ainda durante conversa, uma das vítimas disse que eles chegaram a receber ameaças quando foram cobrar o pagamento. “Ele disse que iria falar com policiais, alguns a gente até conhece e sabe que eles não fariam nada contra a gente. Binho fala para poder deixar a gente com medo. O PT ou ele, não importa, a gente quer que pague nosso dinheiro”, diz. Em contato com a reportagem, Roberval negou inicialmente que fosse coordenador da campanha petista nessa área de Salvador e afirmou desconhecer as informações. “Sou colaborador, sou militante do PT, ajudo sem ganhar nada. Desconheço qualquer tipo de dívida minha com qualquer que seja a pessoa, e qualquer que seja a natureza. Eu não devo nada a ninguém. Tais informações não procedem”, dispara. No entanto, no decorrer da conversa, Roberval se contradiz: “se eu contratei alguém essas pessoas foram devidamente remuneradas pelos serviços prestados. Inclusive assinando e dando fé sobre o referido serviço”. E continua: “algumas pessoas que saíram da campanha por fazerem algumas coisas que não abonassem com a conduta de quem trabalha em campanha política, fazendo coisas erradas, que eu não posso nem mencionar, foram desligadas e receberam pelo serviço feito, e inclusive assinaram documentos. Inclusive se pegar o nome dessas pessoas, junto com o CPF na Secretaria de Segurança Pública vai encontrar que são pessoas que têm antecedentes criminais que comprometem, e por isso nós tiramos da campanha”, revela.
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