Levantamento divulgado hoje (21) pelo Conselho Federal de Medicina
(CFM) revela que cerca de 2.800 municípios brasileiros gastaram menos de
R$ 403,37 na saúde de cada habitante durante o ano de 2017. A análise
mostra que esse foi o valor médio aplicado por gestores municipais com
recursos próprios em Ações e Serviços Públicos de Saúde declaradas no
Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops).De acordo com os números, municípios menores, em termos
populacionais, arcam proporcionalmente com uma despesa per capita maior.
Em 2017, nas cidades com menos de 5 mil habitantes, as prefeituras
gastaram em média R$ 779,21 na saúde de cada cidadão – quase o dobro da
média nacional identificada.Os municípios das regiões Sul e Sudeste foram os que apresentaram
maior participação no financiamento do gasto público em saúde –
consequência, segundo o CFM, de sua maior capacidade de arrecadação. Com apenas 839 habitantes, o município de Borá (SP) lidera o ranking
de gastos per capita na saúde, com R$ 2.971,92 gastos em 2017. Em
segundo lugar aparece Serra da Saudade (MG), cujas despesas em ações e
serviços de saúde alcançaram R$ 2.764,19 por pessoa.Na outra ponta, entre os que tiveram menor desempenho na aplicação de
recursos, estão três cidades de médio e grande porte, todas situadas no
estado do Pará: Cametá (R$ 67,54), Bragança (R$ 71,21) e Ananindeua (R$
76,83).Entre as capitais, Campo Grande assume a primeira posição, com gasto
anual de R$ 686,56 por habitante. Em segundo e terceiro lugares estão
São Paulo e Teresina, onde a gestão local desembolsou, respectivamente,
R$ 656,91 e R$ 590,71 por habitante em 2017.Já as capitais com menor desempenho são Macapá, com R$ 156,67; Rio
Branco, com R$ 214,36; Salvador e Belém, ambas com valores próximos de
R$ 245 por pessoa.A lista completa de municípios que participaram do levantamento pode ser acessada aqui. Da Agência Brasil.
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