O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin
encaminhou à primeira instância da Justiça duas denúncias contra o
ex-presidente Michel Temer (MDB), apresentadas pela Procuradoria Geral
da República (PGR). O ministro também enviou para a Justiça Eleitoral um
inquérito em que o ex-presidente é investigado por participar de um
repasse ilícito pela Odebrecht a políticos do MDB.Já o ministro Luís Roberto Barroso encaminhou à Justiça Federal o caso
que ficou conhecido como “inquérito dos portos”. Após deixar o cargo de
presidente da República, Temer perdeu o direito ao foro privilegiado.Ainda quando era presidente, Temer foi denunciado pela PGR, em 26 de
junho de 2018, por corrupção passiva e, em 14 de setembro de 2018, por
organização criminosa e obstrução de Justiça. No entanto, os processos
ficaram parados até o fim do mandato dele, pois a maioria dos deputados
federais rejeitou o prosseguimento dos casos. O Supremo só poderia
analisar as denúncias se a Câmara dos Deputados autorizasse.Apesar de negar envolvimento em irregularidades, Temer foi denunciado
por corrupção passiva no caso que envolveu o seu ex-assessor Rodrigo
Rocha Loures, flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil da JBS. O
Ministério Público também acusou o ex-presidente de ser o líder de uma
quadrilha do MDB que fraudava estatais e de obstrução à Justiça por
supostamente tentar comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha
(MDB-RJ)
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