Ao menos dez
pessoas morreram em um ataque a tiros em uma escola estadual de Suzano,
na região metropolitana de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (13).Segundo a Polícia Militar, cinco alunos e um funcionário foram mortos no
atentado e outras duas pessoas morreram após serem levadas ao hospital.
Os dois atiradores se mataram.Os disparos foram feitos por volta das 9h30, quando dois homens
encapuzados, que aparentam ter entre 20 e 25 anos e ainda não tiveram a
identidade divulgada, atiraram contra os alunos e, em seguida, se
mataram na escola Professor Raul Brasil, próxima ao centro da cidade .Há ao menos outras nove pessoas feridas, duas em estado grave, de acordo
com o Corpo de Bombeiros.Segundo o coronel Marcelo Salles, comandante
da Polícia Militar, os atiradores também dispararam em um proprietário
de um lava-jato próximo à escola antes de entrar lá -ele está sendo
operado num hospital da região. A dupla levava um revólver calibre 38,
uma besta e artefatos explosivos.A escola oferece ensino fundamental e médio e um centro de estudos de
língua, para estudantes de 11 a 18 anos. Mas, no momento do ataque,
havia apenas adolescentes do ensino médio e estudantes de línguas.A reportagem conversou com Juliano Simões de Santana, vizinho da Raul
Brasil. O morador disse que ouviu os disparos próximo ao intervalo das
aulas do período matutino."Moro ao lado, ouvi um tumulto e fui para lá. Cheguei e vi várias
crianças saindo correndo ensanguentadas. Um desespero, professor,
funcionário, todos correndo", afirmou.Pouco depois de participar de coletiva de imprensa sobre as enchentes no
estado, o governador João Doria (PSDB) cancelou sua agenda para o resto
do dia e decidiu ir para Suzano para acompanhar de perto o ocorrido."Estou muito impactado com o que eu vi aqui nesta escola, é uma cena
muito triste. A mais triste que vi em toda minha vida. São adolescentes
que foram brutalmente assassinados. Aos pais de vítimas e aos feridos,
nossa solidariedade", afirmou o governador, que pediu à secretaria de
Saúde garantia de apoio psicológico aos atingidos.Além do comandante da PM, o general João Camilo de Campos, secretário de
Segurança Pública, e Rossieli Soares, secretário de Educação,
acompanham o governador no local.Foram acionadas seis unidades de resgate dos Corpo de Bombeiros, três do
Samu, dois de suporte avançado e dois helicópteros águia. A PM também
enviou uma equipe do Gate para apurar os artefatos parecidos com bombas.A polícia isolou a rua que dá acesso à escola. Só a perícia e carros de
resgate passam no local. Um gabinete de crise será montado na quadra da
instituição de ensino para concentrar as informações sobre o ataque.
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