A Operação Xavier, desencadeada pelo MP-BA na última quarta-feira, 15,
traz uma vantagem em relação às investigações da Citrus que em março de
2017 prendeu preventivamente os ex-secretários do governo Jabes Ribeiro,
Jamil Ocké e Kácio Brandão. Um acordo de delação premiada realizado
pelo MP-BA e um ex-assessor importante do vereador Tarcísio Paixão, cujo
nome ainda não podemos informar, permitiu ao promotor Frank Ferrari
conhecer o mecanismo usado para fraudar licitações da Câmara de
Vereadores de Ilhéus no biênio em que Tarcísio presidiu a casa
(2015-2016). Na Citrus não houve acordo de colaboração premiada e esse
fato dificultou o avanço . A delação do homem de confiança de Tarcísio,
já homologada pela juíza Emanuele Vita, da 1ª Vara Criminal de Ilhéus,
complica o parlamentar perante à justiça, dada a importância que o
delator teve na engrenagem, que segundo o MP, burlou licitações,
superfaturou contratos e estimulou o pagamento escancarado de propinas.
Muitas pessoas que acompanham o caso atribuem às testemunhas Osman
Antônio Lima (Manzo) e Humberto Oliveira (funcionário e ex-funcionário
da Câmara) a origem das informações que complicaram Tarcísio Paixão.
Desconhecem que os fatos revelados pelo ex-assessor, cujo nome está sob
sigilo.
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