A três dias dias do Natal, foi preso na manhã desta terça-feira (22), o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Bezerra Crivella (Republicanos). O político era investigado em um inquérito que ficou conhecido como o QG da Propina - um esquema de corrupção que acontecia dentro da prefeitura. Além de Crivella foi preso Rafael Alves, homem de confiança do prefeito e apontado como operador do esquema, o vereador Fernando Moraes, e o ex-senador Eduardo Benedito Lopes na ação que é comandada pela Coordenadoria de Investigação de Agentes com Foro e pelo Ministério Público estadual. Era pouco antes das 6h quando os investigadores chegaram na caso de Crivella, na Barra da Tijuca. Quatro carros com policiais e promotores pararam no local. Revelada com exclusividade pelo jornal O Globo em dezembro, a investigação QG da Propina que mira no governo Crivella está baseada na colaboração premiada do doleiro Sérgio Mizrahy, preso pela operação Câmbio, Desligo no ano passado. Na delação, homologada pelo Tribunal de Justiça do Rio, Mizrahy se referiu a um QG da propina dentro da Riotur e apontou Rafael Alves, homem de confiança do prefeito, como operador do suposto esquema. Aos promotores, Mizrahy disse que recebia semanalmente de Rafael cheques de prestadores de serviço da prefeitura. O doleiro contou que um deles era uma propina da empresa Locanty, que faz serviços de limpeza, coleta de lixo e locação de veículos. Embora não tenha contratos na gestão Crivella, a companhia cobra dívidas deixadas pela administração anterior.
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