
Especialista em Segurança Pública, Rodrigo Pimentel traça um panorama preocupante da violência na Bahia. Com base em dados oficiais e análises técnicas, ele aponta falhas estruturais nas políticas de segurança e critica a falta de prioridade dada ao tema pelos governos do PT no estado. Além disso, analisa as consequências econômicas da criminalidade e defende medidas firmes e urgentes para conter o avanço das facções. Rodrigo Pimentel é um dos participantes do “SOS Bahia – Caminhos para mudar a segurança pública do nosso estado”, que acontecerá amanhã, às 18 horas, no Hotel Fiesta, em Salvador. O evento é promovido pela Fundação Índigo, presidido pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil).
Como avalia a situação da segurança pública na Bahia?
Não é uma análise baseada na percepção, porque eu não sou baiano. É baseada na análise fria. Os números posicionam a Bahia numa situação bem ruim, porque a Bahia está na contramão do Brasil. A Bahia está ocupando o primeiro lugar no Brasil há uma década nos índices de violência. Isso são dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Atlas da Violência, que são ofertados pelo Ministério da Justiça ou por ONGs. E alguém pode dizer: ‘mas alguém tem que ser o primeiro lugar’. Mas ,se você analisar, o Brasil, de 2017 a 2022, teve uma redução de homicídios de 25%, em todo o país, com dois ou três casos da federação que fugiram da regra, e continuou persistindo na diminuição. Ou seja, a Bahia está realmente na contramão do Brasil. Então, a análise que eu faço da Bahia é que está num caminho muito ruim. Num caminho do caos, no caminho do descontrole. Mas eu tenho cuidado de estabelecer que a polícia da Bahia está trabalhando muito. Se você colocar aí a análise da produtividade da polícia da Bahia, ela está prendendo como nunca. Ela nunca prendeu tanto, nunca matou tanto bandido, nunca apreendeu tantas armas, nunca apreendeu tanta droga.
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