A antiga Buerarema nos faz relembrar de pequenos e grandiosos detalhes capazes de provocarem nostalgia e sofrimento aos nossos corações. Quem não se lembra dos desfiles cívicos nos dias da Independência, sete de setembro, e no mesmo mês, dezessete, em comemoração ao aniversário da emancipação política do nosso município? E os concursos para eleição da rainha da cidade? Nós já tivemos uma representante disputando o título de MISS BAHIA. Acreditem, Buerarema tinha BANDA MUSICAL. É, parece mentira, mas MACUCO já foi palco de grandes talentos em todas as produções culturais. E na música, a família do saudoso GILDO LOPES pode confirmar a existência da antiga banda de música. Podemos citar também, a produção de panelas e outros utensílios de barro produzidos pela família de IDALMIR, moradores antigos do quilômetro três. Nada disso existe mais. Por quê? Por que o nosso povo não tem voz. Por que o que existiu, existe e poderá existir de cultura em nossa cidade deixou de ser importante. E esse comportamento se reflete em todos os segmentos da sociedade bueraremense. O TER, em detrimento do SER, passou a representar o valor maior entre os homens e mulheres da nossa esquecida cidadezinha do interior baiano, que já foi considerada BERÇO DA CULTURA REGIONAL. As pessoas passam pelas outras e não mais se reconhecem, pois o “MEU” representante político não é o “SEU”. Quando deveria ser o nosso, já que BUERAREMA é a minha, a sua, a nossa cidade. Como é estranho circular pelas ruas onde nasci, cresci e constituí família e não mais me sentir em casa! Há um vazio enorme em meu peito quando me deparo com cenas de descaso entre moradores antigos e até mesmo familiares, tripudiando uns aos outros. É deprimente! Essa foi a palavra mais branda que encontrei para caracterizar o estado de inércia e ostracismo em que se encontra o meu povo. E continuo o relato saudosista para atiçar a memória de todos. “O homem é produto do meio”, logo, conclui-se que o estado de apatia dos moradores de BUERAREMA tem se refletido também em nossos jovens. Claro, eles não mais tem acesso a entretenimento de qualidade como cinema, teatro, música, civismo, e tantas outras produções artísticas. As únicas oportunidades de socialização entre eles são, a escola, a igreja e a praça (esta, por sua vez, representada pelo grande número de bares para um lugar tão pequeno). Como seria bom se todos pudessem voltar a produzir e assistir aos espetáculos em praça pública! E que todos se reconhecessem como filhos da mesma TERRA: da velha MACUCO, de preciosos e esquecidos valores ; da atual BUERAREMA, carente e desprezada,mas repleta de novos talentos, prontos para serem desabrochados.E assim,as gerações futuras poderão cantar em verso e prosa os feitos dos seus antepassados. E as pessoas que já morreram, poderão sentir orgulho dos seus conterrâneos, mesmo na eternidade.
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ESPORTES
Esportes
Buerarema de Orlando filho pra car sô tem perdido.vamos relembrar,chegou aqui pra jogar bola e acabou com o futebol,o dinheiro veio pra cobrir a feira livre vez aquela casa de pompo e o resto comeu mais Ariosto,abrio a casa da cultura e depois fechou e muito mais coisas que so prejudicou a nossa amada macuco.Há é bom lembrar que o dono desse blog ficou com Orlando filho 8 anos no setor pessoal e agora esta vendo tudo,quando estava com Orlando tinha uma venda nos olhos,eta dor de cotovelo.
ResponderExcluirNão sei se vc percebeu, meu amigo anônimo, mas pelo que eu entendi o dono do blog não se referiu apenas ao último ano de 2011 e sequer citou nomes. Mas vc deve ser mais um defensor do doutorzinho e não percebe que Buerarema está cada vez pior.Ah! vc deve ser mais um beneficiado que teme perder a mamata.Acorda meu amigo(a) e não defende só a sua parte. Pensa nos outros.
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