Mencionar que o professor é um poço de conhecimentos é errôneo. Que é o detentor do saber. Que o que ele fala é regra ou absoluto. É errado afirmar que o professor está ali para “passar seus conhecimentos”. O conhecimento é algo abstrato, complexo e intransferível. É o mesmo que afirmar que podemos passar nosso amor. O conhecimento é como o amor. É algo que se constrói e renova ao longo do tempo. O professor é um estimulador, intercessor, articulador, consultor, auxiliador, facilitador, um sujeito que está ali para apoiar e direcionar, facilitar. Não é um deus. Não é o dono do saber. A razão perfeita. A ciência exata ou a verdade absoluta. Pelo contrário, trata-se mais de um monitor que um juiz. Ou seja, ele deve se aproximar dos alunos, vendo-os de perto enxergando suas dificuldades e suas visões de mundo, como se estivesse no lugar deles. Pois, acima de tudo ele também é um aluno, ele erra e também está ali para aprender. Além de entendermos que tudo é relativo e dinâmico, não existe verdade absoluta, nem conhecimento estático, nem teoria infalível; o professor também é passível de erros e deve se colocar nessa situação, com humildade e humanidade, pois ele é humano, ou não? – Refiro-me especialmente àqueles docentes ‘intocáveis e inalcançáveis?, extremamente autoritários e arrogantes, que acreditam ser deuses, e que às vezes não percebem que o mundo dá voltas... às vezes são tão “capacitados” para a docência, mas tão incapacitados para atender e entender o próximo, como a eles mesmos. Alguns acreditam que certos títulos os tornarão maiores como pessoa, ao ponto de se tornarem sujeitos superestimados. Mas sem apontar culpados, vale salientar também, que as universidades/faculdades se preocupam tanto com as certificações de qualidade, exames de qualificação, e especialmente com a titulação do seu corpo docente – quanto “maior” melhor, e quanto “mais” com o “maior” melhor ainda, que acabam esquecendo que quem faz a aprendizagem desenvolver são os alunos e quem os estimula a aprender a desenvolver a aprendizagem é o professor. Não são todos os docentes que possuem essa habilidade, por mais esforços que faça, pois essa é uma característica inata. Saber lidar com o aluno é uma ação natural, deve ser espontânea e não é uma titulação a mais que os fornecerá isso. O papel do educador é ajudar o educando a caminhar, construindo seu próprio caminho, num percurso orientado. Segundo um ditado popular “a mente do aluno não é um vaso que se deve encher, mas uma lareira que se deve acender.” Portanto, não existe caminho feito, o caminho faz-se ao caminhar
Blog do Claudio
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