Está na Veja desta semana. O vereador Ozias Zizi (PRB), autor de projetos polêmicos, lançou mais um que já está dando o que falar. O parlamentar protocolou projeto que proíbe que mulheres sem calcinhas se casem em cerimônias religiosas nas igrejas do município de Vila Velha. A iniciativa foi tomada depois que a mania ganhou a Internet como simpatia para prolongar a duração do matrimônio. O parlamentar considera um desrespeito aos princípios religiosos. Os decotes das noivas também serão proibidos e só vão poder atingir até o meio das costas. O vereador justifica que como agente público precisa intervir para evitar que esses modismos tomem conta das cerimônias realizadas em igrejas católicas e evangélicas do município. "O casamento não se apega a usar ou não a peça íntima. Mas a igreja, independente do credo religioso, é um local sagrado. Se a pessoa acha que ele pode casar de qualquer jeito que faça em uma praia ou num retiro", justificou. Nas ruas é difícil achar alguém que queira casar sem calcinha. O membro da ONG Transparência Capixaba Edmar Camata critica a proposta e lembra quais são os deveres dos parlamentares. "O vereador tem constitucionalmente papéis básicos que são legislar e fiscalziar o poder Executivo. Obviamente pegar questões que não afetam o dia a dia da sociedade na nossa opinião passa bem longe da tarefa do vereador", disse. Para o pastor Enoque de Castro, o projeto do vereador de Vila Velha é "ridículo" e essa fiscalização não deve ser feita pela igreja. Ele não vê problemas nas noivas casarem sem a peça. "Tem pessoas que fazem opção de não usar roupa íntima. Isso não tem nada a ver. É um absurdo ter que fiscalizar uma coisa dessas, saber ou não se alguém está com a roupa íntima".
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