Vida de professor não é mole, e na Bahia, onde educação nunca foi prioridade, a situação é ainda mais cruel. Menos para alguns privilegiados, como é o caso do ilustre Jorge Portugal (foto), uma esplendorosa e magnífica exceção à regra do miserê do magistério. A manchete do jornal A Tarde revela que Portugal faturou nada menos que R$ 6,8 milhões em contratos com o governo baiano nos últimos quatro anos. A grana deixou mais abastada a Abais Conteúdos Educativos e Produção Cultural, empresa do prosperofessor, que formatou os programas televisivos “Tô Sabendo” e “É Bom Saber”, da TVE. Além desses contratos, firmados com o Irdeb (Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia), Portugal assinou outro com a Secretaria da Educação do Estado, para 384 “aulões” públicos destinados a alunos que irão se submeter ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Um detalhe importante é que todos os contratos são do tipo “ao mestre com carinho”, sem licitação. Com relação aos aulões, a Secretaria de Educação alega que o contrato emergencial se deve à necessidade de minimizar os prejuízos causados pela greve dos professores da rede estadual. A ausência de licitação é explicada pela “capacidade técnica, pedagógica e de infraestrutura” da Abais. Portugal disse que está sendo “bombardeado por
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