O protesto que agricultores sul-baianos planejam fazer no próximo dia 5, a partir das 9 horas, no Porto de Ilhéus, deverá entrar para a história como a primeira forte reação contra a importação de cacau livre de maior controle por parte do governo. A categoria defende restrições para conter a queda do preço do produto no mercado interno, bem como das cotações em bolsa.
Detalhes da manifestação - que será realizada propositalmente quando um navio com 5 mil toneladas de cacau, procedente de Gana, estará no porto -, foram discutidos nesta quarta-feira, 27, em uma reunião dos produtores no Centro de Pesquisa do Cacau (Cepec). Entre os participantes, estava o diretor-presidente do Instituto Biofábrica de Cacau, Henrique Almeida.
Um dos pontos que ficou definido é que, durante a manifestação, sacos de cacau serão queimados para simbolizar o protesto contra a importação. Segundo os cacauicultores, mesmo com a produção em alta – 137 mil toneladas na safra 2011/2012 -, a maior parte do cacau colhido permanece estocada em depósitos, enquanto as indústrias moageiras continuam importando.
O presidente do Instituto Pensar Cacau (IPC), Águido Muniz, espera que o governo interceda pelos produtores. “Esperamos que o governo cumpra sua missão de mediador entre produtores e indústria, estabelecendo dispositivos para dar equilíbrio à relação entre produção e demanda”, apela o cacauicultor. Com informações do Mercado Cacau.
Nenhum comentário
Postar um comentário