Segundo reportagem do jornal A Gazeta, do ES., ao menos seis testemunhas que prestaram depoimento contra as lideranças da Maranata foram ameaçadas nos últimos quatro meses por integrantes ligados diretamente com a cúpula da igreja. De acordo com o Ministério Público Estadual, essas testemunhas, com medo de alguma represália, chegaram a mudar a versão do depoimento. Foram presos na manhã desta terça-feira (12) o atual presidente da Igreja Maranata, Elson Pedro dos Reis, o ex-presidente Gedelti Gueiros e outros dois pastores, Amadeu Loureiro e Carlos Itamar Coelho. Os quatro estão com prisão preventiva decretada. Segundo o promotor Paulo Panaro, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), intimidações também aconteceram contra um promotor e uma juíza que trabalham diretamente no caso. “Eles chegaram ao cúmulo de tentar convencer membros do Ministério Público e do Judiciário a mudar decisões e a maneira de proceder as investigações. Falavam tudo muito diplomaticamente. Só que os promotores não são ignorantes. São pessoas habituadas a isso que conseguiram detectar a real intenção das visitas que receberam”, destacou o promotor. Também ficou provado para o Ministério Público que as testemunhas foram claramente coagidas a mudarem o teor do depoimento. Os responsáveis pelas ameaças geralmente se encontravam com testemunhas em reuniões marcadas pessoalmente. Uma delas relatou aos promotores que, em uma ocasião, uma arma foi colocada em cima da mesa, durante a conversa.
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