O procurador Deltan Dallagnol Líder da
Força-Tarefa da Operação Lava Jato que comanda as investigações do
Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, deu a entender na tarde
desta sexta-feira que a volta de Aécio Neves ao Senado poderá ter
consequências. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco
Aurélio Mello, negou o pedido de prisão do tucano feito pela
Procuradora-Geral da República (PGR), e permitiu que o parlamentar
reassuma a sua cadeira no Senado.Em sua página no Twitter, Dallagnol
escreveu que não faltavam motivos para Aécio estar atrás das grades, e
que agora, de volta ao Parlamento federal, o senador poderá inclusive
articular em favor do fim da Lava Jato e pela anistia dos políticos
envolvidos nas investigações. “Havia razões para estar preso, mas
influenciará leis que governam nosso país. Livre inclusive para
articular o fim das Lava Jato e anistia”, comentou o procurador, líder
da Força-Tarefa que apura os casos de investigados sem foro
privilegiado, ou seja, na primeira instância. Aécio Neves está livre
para se comunicar com a irmã, Andrea Neves, e exercer as suas
prerrogativas de parlamentar com foro privilegiado. O caso dele poderá
ser revisto quando for analisado pela Primeira Turma do STF, o que não
deve acontecer antes de agosto, na volta do recesso. O tucano afirmou
que “sempre acreditou na Justiça” brasileira, em comunicado logo após a
decisão do Supremo.
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