
A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Laurita Vaz,
afirmou que o fortalecimento da justiça de primeiro grau é um dos
principais desafios do Judiciário brasileiro, ao defender que o juiz
deve morar na comarca em que trabalha. As declarações foram dadas pela
ministra no encerramento do 113º Encontro do Conselho dos Tribunais de
Justiça, nesta sexta-feira (2), em Maceió (AL).Laurita Vaz disse que a cidadania só sai do papel quando o Judiciário se
faz presente, ao criticar o constante vai e vem de juízes de primeiro
grau entre seus locais de trabalho, nas comarcas do interior, e as
capitais dos estados.“O que se observa nas comarcas do interior é um constante vai e vem de
juízes entre as cidades onde exercem suas atividades e as capitais dos
estados. O juiz deve morar na comarca em que trabalha, porque ele é uma
referência, a personificação do poder estatal isento e apartidário,
preocupado unicamente com a ordem e a paz social”, argumentou a
presidente do STJ.A ministra ainda defendeu que a magistratura, o Ministério Público e os
advogados exercem papel fundamental no resgate da estabilidade e da
confiança das instituições públicas, no atual cenário de inquietação
nacional. E disse que, em tempos de cortes no orçamento, é preciso haver
cuidado para não se criar embaraços à atividade jurisdicional.“Atravessamos uma tremenda instabilidade social, econômica e política,
entretanto, momentos de crise são também uma oportunidade para reflexões
e mudanças”, lembrou Laurita Vaz. Iniciado na quinta-feira (1º) e finalizado hoje, o 113º Encontro de
Presidentes dos Tribunais de Justiça resultou na publicação da Carta de
Maceió, na qual o Conselho dos Tribunais de Justiça, composto por
desembargadores estaduais de todo país e do Distrito Federal, manifestou
posição contrária à deflagração do movimento grevista de juízes
federais em razão do julgamento do auxílio-moradia, no próximo dia 22,
no Supremo Tribunal Federal. (Com informações da Dicom TJ)
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