O juiz federal Haroldo Nader, da 6ª Vara de Campinas (SP), acolheu
tutela de urgência em ação popular e mandou cortar "todas as benesses" a
Luiz Inácio Lula da Silva, como ex-presidente (2003/2010). O argumento
central do magistrado é que na prisão da Lava Jato, em Curitiba, o
petista estaria em melhores condições de segurança do que quando em
liberdade."O ex-presidente está sob custódia permanente do Estado, em sala
individual (fato notório), ou seja, sob proteção da Polícia Federal, que
lhe garante muito mais segurança do que tivera quando livre", escreveu.
A decisão judicial foi divulgada pelo Núcleo de Comunicação Social da
Justiça Federal em São Paulo. A ação popular foi movida por Rubens
Alberto Gattu Nunes.O magistrado destacou a desnecessidade da mobilização de "alguns
agentes" para acompanhar Lula aonde fosse. "Também é absolutamente
desnecessária a disponibilidade de dois veículos, com motoristas, a quem
tem o direito de locomoção restrito ao prédio público da Polícia
Federal em Curitiba e controlado pelos agentes da carceragem", seguiu o
juiz. "Qualquer necessidade de transporte a outro local é de
responsabilidade Policial Federal e sob escolta.Sem qualquer justificativa razoável a manutenção de assessores gerais a
quem está detido, apartado dos afazeres normais, atividade política,
profissional e até mesmo social não há utilidade alguma a essa
assessoria." "Logo, a permanência desses benefícios e, principalmente,
seu pagamento à custa da União, são atos lesivos ao patrimônio público,
pois é flagrante a inexistência dos motivos." O Instituto Lula não se
pronunciou sobre a decisão. A reportagem também tentou contato com o
Palácio do Planalto.
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