O produtor cultural Jones MFjay conta que em Madureira, bairro da zona norte do Rio eternizado pelo samba de Arlindo Cruz, sempre existiu uma fábula: todo dia saem duas pessoas para a rua, um malandro e um mané. Quando calha de se encontrarem, o malandro volta com o almoço, e o mané volta sem nada. Mesmo sendo nascido e criado na região durante seus 58 anos, porém, Jones teve que colocar os óculos nesta segunda (21) para acreditar no que viu. “Na minha mão é galo, na minha mão é galo, é a cura da Covid!”, escutou enquanto passava pela passarela que fica em frente à escola Império Serrano e leva à estação de trem.“Galo” na gíria carioca quer dizer que custa R$ 50, um dos números que representa o animal no jogo do bicho. Ele achou que fosse “algum xarope, algum mato que levanta a saúde do homem ou te faz ver Jesus Cristo, sabe como é que é camelô”.
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