Foto: Max Haack / Ag Haack / Bahia Notícias
Mais de um ano após uma greve que culminou em ocupação da Assembleia Legislativa, enfrentamentos com a Força Nacional de Segurança e expedição de 12 mandados de prisão, a Polícia Militar se reunirá na primeira assembleia-geral de 2013, na próxima quinta-feira (11), no Ginásio dos Bancários, em Salvador. Uma das entidades ligadas à classe, a Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia – Força Invicta (AOPMBA), já se encontrou no último sábado (6) e ameaça paralisar as atividades por conta do baixo porcentual de reajuste anunciado pelo governador Jaques Wagner para os funcionários públicos do Estado, com a possibilidade de não ser retroativo ao mês de janeiro. Um dos deputados ligados à base do governo e à corporação policial, Pastor Sargento Isidório (PSB), não descarta haver insatisfação dos PMs com o atendimento das reivindicações, mas minimiza que haja situação de conflito que culmine em greve. “Não foi aprovado nada agora. Estamos esperando um projeto chegar na Assembleia. Mas digamos que haja 50% de aumento: não vai estar bom. Nem para os professores, nem para a saúde, nem para ninguém”, avaliou, em entrevista ao Bahia Notícias. O parlamentar diz que, “quando você participa do governo, vê que a situação é diferente”. “É bom ser teto de vidro por algum tempo”, considerou. Para ele, “é fácil falar na PEC [Proposta de Emenda à Constituição] 300”, que, entre outras medidas, cria uma polícia estadual única e delega à União contribuir com o salário dos agentes. “Se o governo federal botar R$ 4,5 mil para todo policial, cadê o dinheiro para o governador pagar? Vai tirar de onde? A PEC 300 tem que ser aprovada depois que a presidente da República determinar de onde vai sair o recurso para compor o salário. Se o Estado entra com R$ 2,5 mil, o governo federal tem que entrar com R$ 2 mil. Qual o governador que não quer pagar bem ao policial, ao professor? Só se ele for burro, idiota ”, conjeturou.
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