
Em 2024, 59,2% das crianças matriculadas na rede pública de ensino foram alfabetizadas na idade certa. O número vem crescendo, mas ainda está longe do ideal. Para especialistas no tema, os prejuízos da alfabetização tardia vão além de uma questão de tempo, e têm relação com aspectos históricos, sociais e até raciais. Além disso, o país também enfrenta um alto índice de analfabetismo funcional. Os dados mais recentes apontam que 3 em cada 10 brasileiros de 15 a 64 anos são analfabetos funcionais. Essas pessoas conseguem apenas ler palavras isoladas, frases curtas, ou apenas identificar números familiares, como contatos telefônicos, endereços, preços e etc..De acordo com Anna Helena Altenfelder, presidente do Conselho de administração do Cenpec — ONG que desenvolve projetos com foco na melhoria da educação pública —, a alfabetização tardia ou a estagnação no nível de analfabetismo funcional renega direitos básicos e compromete o exercício da cidadania.Além disso, o problema alimenta exclusão e reforça desigualdades educacionais que atingem, principalmente, pessoas mais velhas, negras, indígenas ou amarelas. (g1)
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